domingo, 26 de junho de 2011

Minicontos

I

Sentia-se muito sozinha todas as manhãs e todas as manhãs pensava como sentia-se sozinha.
Já havia gostado da poesia e da estética das palavras mas depois de um tempo a vida tornou-se seca.
Acordava logo cedo ao escutar o barulho da porta do quarto abrindo e ficava deitada na cama contemplando a lâmpada por um tempo.
Depois disso, tomava coragem para levantar-se e dar certo naquilo que, por convenção, também chamava de vida.

II

Naquela época carregava em sua bolsa de barraquinha muitas expetativas que com o
tempo tornaram-se frustrações que caíram uma a uma pelo chão de piso frio xadrez.
O chão não era realmente frio, tampouco o mundo duro.
Apenas tivera expectativas demais.

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