Tem uma banda de rock na minha rua. Três casas para frente do lugar onde
eu moro. É assim em todos os natais. Eles se reúnem e tocam rock. Da
janela do meu quarto dá pra ouvir tudo. Inclusive dá pra sacar quais
músicas eles mandam melhor. Eles estão tocando R.E.M. Mas já tocaram
duas do Creedance, Pink Floyd e Gun's. Sei que ainda tem Ramones,
Beatles e Elvis neste set list. Eles não sabem mas um dos meus grandes
desejos natalinos é ser convidada para participar da festa deles.
Se eu tivesse um engradado de cerveja para oferecer em troca, quem sabe.
Mas eu já estou de pijama.
Mesmo assim deixei a janela aberta.
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terça-feira, 24 de dezembro de 2013
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
NÃO É SÓ UM TAPINHA NA BUNDA
Primeiro gostaria de iniciar este texto dizendo que visto a minha
experiência de vida, consigo reconhecer um "tapinha na bunda" sem
dificuldades. Quer dizer, quando um professor pergunta alguma coisa na
aula, até dá para se confundir e não saber realmente a resposta. Mas um
"tapinha na bunda" não dá pra confundir.
Hoje eu estava embarcando na plataforma da Sé, sentido Corinthians-Itaquera para mais um dia de trabalho. As portas do vagão abriram-se e eu com óculos de sol e fone de ouvido na transmissão de um AC/DC, senti um tapinha no lado direito da bunda. Sim, foi um tapinha na bunda. Daqueles em que a mão está virada, meio de lado com os dedos para baixo numas de fazer um dos lados da bunda subir, manja?
Eu fiquei furiosa. Eu fiquei furiosa por mim e por todo mundo que passa por isso. Que aliás, acontece no transporte coletivo com bastante frequência. Mas além de furiosa, senti que o tapinha na bunda foi o marco do fim da minha paciência.
Olhei para trás e não foi preciso pensar muito para sacar quem havia sido o cuzão autor do tapinha. Por quê? Oras, porque ele estava com aquele sorriso boçal e ao ouvir o meu "puta que pariu" (um pouco acima do meu tom de voz que já é alto), o cara ainda sorrindo me pediu desculpas e disse que tinha sido sem querer. "Desculpa, o cacete. Ninguém dá tapa na bunda sem querer". Todos naquela região do metrô já estavam prestando atenção na cena. E o cuzão, desta vez sem o sorriso disse que foi porque o cara de trás estava empurrando. "O cara te empurra e você bate na minha bunda por causa disso? Finjo que acredito.". Me senti insultada pela segunda vez por essa desculpinha tão imbecil. E a minha vontade era devolver o tapinha em dobro, só que na cara. Bom, este diálogo aconteceu entre a Sé e a estação Pedro II. Até então eu estava bem atrás do cara encostada na parede do vagão. Visivelmente ele se sentiu exposto e não disse mais nada. Alguém levantou de um banco e eu sentei atrás dele, de braços cruzados eu o encarava e percebi que ele podia ver o meu reflexo através da janela do vagão. Brás. Bresser. Senti que ele se aproximava da porta para sair. Ele desceu na mesma estação que eu. E eu achei ótimo. Troquei meu caminho de costume e segui o cara até onde deu. Na escada rolante, no corredor da estação e na rampa que nos leva até a rua. Antes de cruzar a rampa, ele olhou para trás e me viu. Aqui ficou claro pela terceira vez que se tratava de um grande cuzão mesmo. Ele me viu e apertou o passo. Chegou antes na calçada e estrategicamente parou atrás de uma coluna, fugindo da minha vista e se escondendo. Mas eu precisava ir para o trabalho, por isso, este episódio termina aqui.
Hoje eu estava embarcando na plataforma da Sé, sentido Corinthians-Itaquera para mais um dia de trabalho. As portas do vagão abriram-se e eu com óculos de sol e fone de ouvido na transmissão de um AC/DC, senti um tapinha no lado direito da bunda. Sim, foi um tapinha na bunda. Daqueles em que a mão está virada, meio de lado com os dedos para baixo numas de fazer um dos lados da bunda subir, manja?
Eu fiquei furiosa. Eu fiquei furiosa por mim e por todo mundo que passa por isso. Que aliás, acontece no transporte coletivo com bastante frequência. Mas além de furiosa, senti que o tapinha na bunda foi o marco do fim da minha paciência.
Olhei para trás e não foi preciso pensar muito para sacar quem havia sido o cuzão autor do tapinha. Por quê? Oras, porque ele estava com aquele sorriso boçal e ao ouvir o meu "puta que pariu" (um pouco acima do meu tom de voz que já é alto), o cara ainda sorrindo me pediu desculpas e disse que tinha sido sem querer. "Desculpa, o cacete. Ninguém dá tapa na bunda sem querer". Todos naquela região do metrô já estavam prestando atenção na cena. E o cuzão, desta vez sem o sorriso disse que foi porque o cara de trás estava empurrando. "O cara te empurra e você bate na minha bunda por causa disso? Finjo que acredito.". Me senti insultada pela segunda vez por essa desculpinha tão imbecil. E a minha vontade era devolver o tapinha em dobro, só que na cara. Bom, este diálogo aconteceu entre a Sé e a estação Pedro II. Até então eu estava bem atrás do cara encostada na parede do vagão. Visivelmente ele se sentiu exposto e não disse mais nada. Alguém levantou de um banco e eu sentei atrás dele, de braços cruzados eu o encarava e percebi que ele podia ver o meu reflexo através da janela do vagão. Brás. Bresser. Senti que ele se aproximava da porta para sair. Ele desceu na mesma estação que eu. E eu achei ótimo. Troquei meu caminho de costume e segui o cara até onde deu. Na escada rolante, no corredor da estação e na rampa que nos leva até a rua. Antes de cruzar a rampa, ele olhou para trás e me viu. Aqui ficou claro pela terceira vez que se tratava de um grande cuzão mesmo. Ele me viu e apertou o passo. Chegou antes na calçada e estrategicamente parou atrás de uma coluna, fugindo da minha vista e se escondendo. Mas eu precisava ir para o trabalho, por isso, este episódio termina aqui.
agregando valor
É o
show da vida. E neste show as pessoas se vestem igual. As pessoas pensam
igual. Há vários bares com mesas vazias, mas todas elas estão em um
mesmo bar. Como dizia aquela música: "gente jovem reunida".
Todos os meninos usam boné, camiseta de marca, bermuda e tênis sem meia. As meninas usam shorts que deixam a poupa da bunda à mostra. Ah, a primavera!
Eu também uso shorts, junto com uma camiseta também comprada em uma loja de departamento qualquer. Mas ainda assim sinto que o meu figurino está fora de moda.
Enquanto o nosso teco de pizza não vem é que eu me divirto com o show. Dentro de mim a questão que não quer calar: Já estive em algum momento como este? E a resposta que vem em seguida é não. Daí que por alguns minutos eu imagino: Se eu estivesse neste rolê, com quem eu ficaria? A resposta que vem em seguida também é rápida, acho que não teria ninguém do meu interesse. Talvez por não me vestir igual ou por que quando perguntam que música eu gosto, eu digo logo e não fico numas de dizer que gosto de tudo. Eu nunca consegui gostar de tudo, sabe.
Não, calma, tem o cara sentado na mesma mesa que eu....eu ficaria com ele. Mas eu já estou com ele. E é isso que eu digo para o moço que vem nos vender flores.
Eu também não consigo entender algumas coisas ainda. Por exemplo, por que agora os meninos usam terços pendurados no pescoço como se fossem colares?
Outras coisas não tento entender e sim elaborar hipóteses. Um casal para perto da nossa mesa. Vejo inúmeras tentativas dele de tentar segurar a moça por alguma parte do corpo dela. Ela desvia algumas vezes, ele insiste. Suponho: primeiro encontro de ambos, segundo no máximo. Foi o tempo de eu acabar de beber a minha Stella. E ele ali moscando esperando liberar a mesa do bar mais cheio, enquanto a pizzaria em que eu estava possuía várias mesas vazias e acolhedoras. O moço tinha uma Calvin Klein mas pouca estratégia para um primeiro encontro. No final das contas, ele desistiu e veio para a pizzaria. Mas ele escolheu uma mesa atrás da nossa. Pizzaria não agrega valor ao primeiro encontro.
Neste momento paguei a nossa conta e voltamos para casa, sem que eu sentisse saudades do que eu não vivi.
Todos os meninos usam boné, camiseta de marca, bermuda e tênis sem meia. As meninas usam shorts que deixam a poupa da bunda à mostra. Ah, a primavera!
Eu também uso shorts, junto com uma camiseta também comprada em uma loja de departamento qualquer. Mas ainda assim sinto que o meu figurino está fora de moda.
Enquanto o nosso teco de pizza não vem é que eu me divirto com o show. Dentro de mim a questão que não quer calar: Já estive em algum momento como este? E a resposta que vem em seguida é não. Daí que por alguns minutos eu imagino: Se eu estivesse neste rolê, com quem eu ficaria? A resposta que vem em seguida também é rápida, acho que não teria ninguém do meu interesse. Talvez por não me vestir igual ou por que quando perguntam que música eu gosto, eu digo logo e não fico numas de dizer que gosto de tudo. Eu nunca consegui gostar de tudo, sabe.
Não, calma, tem o cara sentado na mesma mesa que eu....eu ficaria com ele. Mas eu já estou com ele. E é isso que eu digo para o moço que vem nos vender flores.
Eu também não consigo entender algumas coisas ainda. Por exemplo, por que agora os meninos usam terços pendurados no pescoço como se fossem colares?
Outras coisas não tento entender e sim elaborar hipóteses. Um casal para perto da nossa mesa. Vejo inúmeras tentativas dele de tentar segurar a moça por alguma parte do corpo dela. Ela desvia algumas vezes, ele insiste. Suponho: primeiro encontro de ambos, segundo no máximo. Foi o tempo de eu acabar de beber a minha Stella. E ele ali moscando esperando liberar a mesa do bar mais cheio, enquanto a pizzaria em que eu estava possuía várias mesas vazias e acolhedoras. O moço tinha uma Calvin Klein mas pouca estratégia para um primeiro encontro. No final das contas, ele desistiu e veio para a pizzaria. Mas ele escolheu uma mesa atrás da nossa. Pizzaria não agrega valor ao primeiro encontro.
Neste momento paguei a nossa conta e voltamos para casa, sem que eu sentisse saudades do que eu não vivi.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
O dia do professor
Quando eu passei no vestibular pra fazer o curso de letras, eu não queria tanto assim fazer letras. Mas eu havia passado e a minha curiosidade levou a melhor. Eu estava pensando em frequentar a Unifesp por algumas semanas pra ver como era, a Unifesp e as letras. Na minha primeira quarta-feira, sendo aluna de letras, eu estava sentada na quarta fileira, segunda cadeira da direita para esquerda, lado direito da sala 1 e um cara muito alto, loiro e com olhos claros, entrou e se apresentou com um sotaque muito diferente. Disse que seria nosso professor de estudos literários. Lembro dele ter dito alguma coisa sobre Berlim e eu pude identificar que ele era alemão. E eu achei genial ter um professor alemão. Agora eu era de letras e tinha um professor alemão. Ele abriu aquele sorriso de canto da boca e disse "hum, agora, é a vez de vocês se apresentarem", sorriu novamente e perguntou o que estávamos fazendo ali. Pra ser sincera, eu não sabia direito o que eu estava fazendo ali. O que eu sabia era que pela primeira vez eu estava gostando de estar ali e me senti acolhida pela figura daquele professor. Eu me senti acolhida, inclusive, pelas poesias que ele havia escolhido para analisar com a gente em nossa primeira aula. Eu cursei este semestre inteiro, e os seis semestres que vieram a seguir. Outros professores incríveis apareceram neste mesmo semestre e outros também nos semestres seguintes.
Antes de entrar na Unifesp e ser de letras, outros professores me marcaram e sei que até eu acabar a Unifesp e mesmo depois dela, outros marcarão meu aprendizado, minha vida.
Eu só queria expressar aqui o quanto valorizo esta profissão. Eu devo muito aos meus professores e tenho muito orgulho deles. Parabéns a eles que são heróis e escolheram esta profissão que nem sempre é valorizada mas que é capaz de mudar muita coisa. Eu acredito na educação e nas pessoas que estão comprometidas com ela.
Antes de entrar na Unifesp e ser de letras, outros professores me marcaram e sei que até eu acabar a Unifesp e mesmo depois dela, outros marcarão meu aprendizado, minha vida.
Eu só queria expressar aqui o quanto valorizo esta profissão. Eu devo muito aos meus professores e tenho muito orgulho deles. Parabéns a eles que são heróis e escolheram esta profissão que nem sempre é valorizada mas que é capaz de mudar muita coisa. Eu acredito na educação e nas pessoas que estão comprometidas com ela.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
transição
Você já mudou de casa? Mudar de casa é assim: você guarda todas as coisas dentro de caixas, coloca em algum transporte para carregar e em algum momento, antes de "mudar" você olha em volta, como se se despedisse daquela casa, não só da casa, mas das coisas que você viveu ali naquele lugar. Hoje não me despedi porque talvez um dia, eu volte. Mas hoje eu lembrei da primeira vez em que entrei no campus da Unifesp Guarulhos. Eu gostei do campus desde a primeira vez, sabe. Eu não queria ser de letras e a minha bunda estava doendo, visto a viagem de São Paulo até lá. Mas e daí? Eu cheguei e achei lindo. E eu queria dizer que apesar de tudo que eu já vi acontecer neste lugar, passar por ali foi gratificante. Foi gratificante pelas pessoas incríveis que eu conheci e por todas as coisas que eu aprendi. É isso que eu guardo para mim, é isso que eu trouxe para mim hoje e lembrei - já com saudade - enquanto tomava a minha cerveja que eu comprei no primeiro boteco do lado esquerdo, antes do final da ladeira que eu subi tantas vezes. Cheguei a me perguntar se em algum dia destes quatro anos de vida universitária, eu já havia contemplado um fim de tarde tão cinza.
sábado, 3 de agosto de 2013
Mais uma dose
Stella, meu amor
Começo a te beber, não consigo mais parar
não quero nem saber, de trampar ou estudar
nem a prova de quinta-feira eu consigo preparar
acho que vou me foder, nesta prova do Revah,
domingo, 30 de junho de 2013
Jura?
Você sabe o que é estar em um lugar mas querer estar em outro lugar que por sua vez está perto, bem ao lado de você?
Talvez você saiba.
Mas dor no coração não adianta não, meu querido.
O que adianta é a nossa atitude em mudar o que nos é possível.
Talvez você saiba.
Mas dor no coração não adianta não, meu querido.
O que adianta é a nossa atitude em mudar o que nos é possível.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
3,20 é um assalto.
Como é
viver num lugar que não te dá uma chance? Como é estar sob um governo
que não te dá uma chance? sempre ouvi minha mãe dizendo que o meu pai
não ganha aumento há muitos anos. Eu escuto isso há muitos anos e na
primeira vez já fazia muitos anos que ele não ganhava um aumento. Mas as
passagens e todo o resto, isso sim. Aumentam sempre, a cada dia. Meu
pai toma 4 conduções por dia para ir trabalhar.
Ele vai em pé no busão lotado, com as mãos pro alto, segurando em uma
daquelas barras para não cair. Ah, ele trabalha pro governo, é
funcionário público. Mas esse texto não é sobre o meu pai, não. É sobre
todos nós que direta ou indiretamente trabalhamos para o governo. A
gente faz aquele esforço pra conseguir pagar a nossa comida e o nosso
transporte, enquanto eles fazem um esforço para decidir para qual país
viajarão no próximo fim de semana. E como o meu pai, nós sempre estamos
tentando nos segurar em algum lugar para não cair, e agora de mãos para o
alto também.
(GUANAES, Mayra. 3,20 é um assalto. In: Caos e desafetos. 2013. São Paulo: Delírios de Bolso.)
(GUANAES, Mayra. 3,20 é um assalto. In: Caos e desafetos. 2013. São Paulo: Delírios de Bolso.)
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Morre Ray Manzarek, tecladista do The Doors, aos 74 anos
Pensando
no Ray Manzarek e em como este cara está eternizado por aquele som de
teclado característico e pela obra que ele deixou com The Doors. Tenho
uma professora que me ganhou em uma única frase. Ela estava dando aula
de literatura e disse pra turma: "Lembra quando você era adolescente e
ficava pensando na vida escutando The Doors?". Eu não sou mais
adolescente mas eu nunca deixei de pensar na vida escutando The Doors.
Os caras vão e a música deles fica. Esta é a intensidade do rock.
E esta foi mais uma apresentação do espetáculo do meu coração. Ele chegou já como personagem, ranzinza de perua - uma perua bem velha - e colocou todas as suas coisas em cima do palco. Subiu para o camarim e viu meu universo particular - as minhas coisas escondidas - aquelas coisas que eu não levo para cena. Mais um dia de trabalho nesse espetáculo, o cardápio deste dia trazia como prato principal lasanha e sim, claro, tinha sobremesa, pavê de limão. Tinha toalha e sabonete liquido lux. Tinha tudo que poderia ter. E já tinha muito amor. A produção era precária sim, mas no espetáculo do meu coração, o amor, esse não falta nunca.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Partida
Não chorei. Não chorei porque de verdade, eu estava louca para ir embora.
Quando vi você ali suado, suor pingando no rosto misturando-se com lágrimas, eu pensei em chorar.
Eu lembrei de muitas coisas, por um momento risadas que ecoaram durante tantas madrugadas vinham em minha memória.
Banhos de mangueira, poesia, bebida, cigarros, frango de padaria.
Mas não. Porque eu pensei em tudo. TUDO.
Meu coração estava apertado e não era saudade não, era alívio mesmo.
Aquele alívio que eu só sentia ao apagar todas as luzes no fim do dia, lembra?
Você não lembra porque eu nunca te contei. Mas era lindo. Era lindo te ver sumindo na escuridão, sabe.
As flores nunca mais nasceram naquele jardim.
Quando vi você ali suado, suor pingando no rosto misturando-se com lágrimas, eu pensei em chorar.
Eu lembrei de muitas coisas, por um momento risadas que ecoaram durante tantas madrugadas vinham em minha memória.
Banhos de mangueira, poesia, bebida, cigarros, frango de padaria.
Mas não. Porque eu pensei em tudo. TUDO.
Meu coração estava apertado e não era saudade não, era alívio mesmo.
Aquele alívio que eu só sentia ao apagar todas as luzes no fim do dia, lembra?
Você não lembra porque eu nunca te contei. Mas era lindo. Era lindo te ver sumindo na escuridão, sabe.
As flores nunca mais nasceram naquele jardim.
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