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terça-feira, 22 de maio de 2012
Nuvem negra.
Quando chegou, o colchão estava no corredor, com mais pontos de mofos do que outrora.
- O que aconteceu, aqui? - ela perguntou incrédula. - Choveu e entrou água dentro do seu quarto.
Aquele quarto. Passou alguns tantos infelizes anos de sua vida ali.
O chão cheio d'água e a cabeceira descascando, havia bebido muita água, a pobre.
- Por que não me avisaram? Olha o estado desta cabeceira! Ela está destruída.
- Nós já chamamos alguém para ver isso.
- Mas e a cabeceira? O colchão? Eu não tenho dinheiro para comprar outra cabeceira e outro colchão!
- Eu te compro outros!
Dinheiro nunca havia sido o problema por ali, na verdade. O problema era como este dinheiro vinha sendo aplicado nos últimos 10 anos.
Mudou os móveis e as coisas de lugar muitas vezes por causa da água da chuva que insistia em descer pelas paredes, pingar do teto ou entrar pela porta.
Dessa vez, percebeu, teria que encontrar por fim lugares definitivos. Para as coisas, pessoas e lembranças existentes ali.
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Eu tenho um lugar definitivo pra você aqui no meu coração, se quiser.
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