sábado, 31 de março de 2012

Diagnóstico.

Passou uns meses internada dentro de si mesma, tomando soro de incentivo nas veias,
comendo apenas sopa de letrinhas. Uma época terrível aquela quando pegou a triste doença das bolas de papel.
Escrevia, arrancava a folha e jogava fora, tudo isso, repetidas vezes.
Dados estes sintomas, foi possível detectar coma em alguns órgãos entre eles a criatividade, inspiração e vontade acima.
Ficou durante um ano lutando contra esse mal, na fila do transplante por um coração novo.
Algumas enfermeiras boazinhas cuidaram dela e agora ela diz que está melhorando, foi uma fase - é o que ela costuma dizer.
O que importa é que durante todo este momento alguns amigos não a abandonaram: os livros.

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